Era uma flor singela, tão linda e perfumosa
Gentil e graciosa
Que nascera no pau
E vivia tão triste naquela solidão
Enchendo de amarguras o meu pobre coração
E retinha a cor do céu azul
E toda marchetada com as cores do arrebol
Eu quis então colhe-la, mas não podia vê-la
Assim amargurada, aos ardentes raios do Sol
Flor azul, és tu, minha querida
Doce esperança em flor
Eu quisera te ver sempre garrida
Na eterna primavera
De meus sonhos de amor
Mas num dia fatal
Aquela flor azul, nascida no paul
Morrera de paixão
E as flores daquela soledade
Choravam de saudade, da mimosa flor azul
No azul do firmamento brilhava uma estrela
Qual viva sentinela, velando a solidão
Era a flor, majestosa de minh’alma
Que sorria radiosa na amplidão
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