Ao Advir este curado pranto ressecado
Nós dia-a-dia até nos enlutamos diminutos
Espalhando ilhados traços sem resposta de fora
Da doçura esfarrapada

Amor repetido em cascata se abraça livremente
Solidão presa de desolado aprisionamento
Despedaçado coração, ápice do desespero
Nós todos muramos a amargura em derredor
Qual sorriso demonstrará sair esvanecendo?

Lamentamos a gentileza vinda por dentro
De mãos unidas favoráveis num só amanhã
Agora ainda nas miúdas ruínas do coração partido
Da doçura derramada

Ofertamos choro ressecado a outro desfavorecido
Rezaremos como em outra melhor ocasião

Sintamos estas nossas lágrimas
Nós que na véspera em menos dias, dissipamos
Repete-se a cada dia a sorte respondida sem dizer
Da doçura conjurada

Mais uma vez nessa gentil carapaça
As mãos atadas favorecidas só nas manhãs
Agora que nas arruinadas ruínas o coração reflete
A doçura esfarrapada